Reforço no combate à sepse

15/09/2022

A equipe assistencial do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participou, na terça-feira (13/09/2022), de evento sobre prevenção da sepse (o dia 13 de setembro é Dia Mundial da Sepse). Por meio de palestras e de exercícios interativos, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem atualizaram seus conhecimentos sobre o tema e sobre como evitar mortes.

A sepse é uma infecção grave e generalizada, causada por bactérias, vírus ou qualquer outro germe. O Brasil registra 600 mil casos por ano, com 240 mil chegando a óbito. No mundo inteiro, ela é responsável por 25% dos óbitos em crianças. Segundo a médica intensivista pediatra Selma Kawahara, coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva do HCB, 80% dos casos de sepse acontecem fora do ambiente hospitalar. “A infecção pode começar em casa e quem vai identificar é o pai, a mãe, a professora - mas a palavra ‘sepse’ ainda é pouco conhecida, então é preciso conscientizar a população”, explicou Kawahara, que também alertou: “No ambiente hospitalar, é inadmissível não ter a identificação correta”.

Segundo a intensivista, os pais precisam estar atentos a alguns sinais de alerta: caso a criança apresente febre, sonolência, redução na quantidade de urina ou os lábios e as pontas dos dedos frias e arroxeadas, é preciso levá-las ao hospital.

Além dos dados estatísticos, os profissionais foram relembrados do Protocolo de Sepse do HCB, que estabelece o fluxo interno do Hospital para o tratamento e os critérios para diagnóstico. O infectologista do HCB Alexandre Paz conduziu o treinamento sobre o protocolo, destacando a importância de estar atento aos possíveis sintomas da infecção - mesmo que o resultado final não seja de sepse. “Não tem nenhum problema abrirmos o protocolo, tratar o paciente e chegar à conclusão de que não era; é melhor fazer isso que deixar passar um caso. O médico tem que ser acionado imediatamente, no caso de suspeita, para avaliar”, explicou o infectologista. Esse A cada hora que você atrasa no início do atendimento de um paciente com sepse, você aumenta em 6% os riscos de mortalidade, então a gente precisa ser rápido”, reforçou Paz.

 

Texto: Maria Clara Oliveira