Farmácia do HCB segue com funcionamento normal

07/04/2020

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) continua a disponibilizar, em sua farmácia ambulatorial, os medicamentos de que crianças e adolescentes acompanhados pelo HCB precisam para continuar o tratamento. Durante o período de enfrentamento à Covid-19, a farmácia mantém seu horário normal de funcionamento: de segunda a sexta-feira, de 7h a 19h; e nos sábados, de 8h a 12h.

Para evitar que os usuários fiquem aglomerados, as cadeiras de espera da farmácia passaram por manutenção, de modo que haja mais espaço entre elas. Outra medida tomada pelo HCB para reduzir o fluxo de pessoas na farmácia foi o estabelecimento de uma rota de entrega para alguns casos específicos: o médico responsável pelo atendimento envia a receita à farmácia ambulatorial, que agenda um horário para levar o medicamento à casa da criança.

A gerente de Suprimentos e Logística do HCB, Helen Cristina, explica que, ao menos por enquanto, a medida atende somente uma parte das crianças. “Nossa entrega é para pacientes da neurologia que moram no Distrito Federal e fazem uso de medicamentos psicotrópicos, que teriam que vir aqui buscar a cada três meses. Para atendermos outras especialidades, é preciso estudar o estoque de medicamentos que temos disponível”, afirma.

A entrega é feita por um auxiliar de farmácia e um técnico de enfermagem, que vão à casa das crianças em um carro do próprio Hospital. “Dividimos o DF em cinco regiões, com a ideia inicial de atender uma em cada dia da semana. Agora que já entregamos a maior parte, estamos misturando as regiões, para aproveitar o tempo do motorista”, explica a farmacêutica Kalina Alves. Desde o dia 27/03/2020, quando o serviço foi iniciado, já foram entregues os medicamentos de mais de 60 crianças.

Uma dessas crianças foi Natanael Borges, nove anos, morador da Ceilândia. Sua mãe, Maria Borges, aprovou a iniciativa. “Me senti segura por não precisar ir até o Hospital. A gente mora longe e já é difícil ter que pegar ônibus para chegar aí, ainda mais nesse tempo, com o coronavírus. Quando eu fiquei sabendo que não precisaria ir, fiquei muito feliz”, afirma.

Jucélia da Silva também gostou quando seu filho Gabriel Silva, um ano, recebeu o remédio em casa, em Planaltina. “A consulta estava marcada para o dia primeiro de abril e o Hospital me ligou para avisar que iam suspender. O remédio dele estava acabando e eu fiquei preocupada, mas na ligação me falaram que já estava tudo preparado. Foi muito bom: veio o suficiente para três meses; depois desse tempo, eu espero que toda essa situação do coronavírus já tenha passado – aí, vamos para a consulta”, diz.

 

Texto: Maria Clara Oliveira
Edição: Carlos Wilson
Gerência de Comunicação: Ana Luiza Wenke